Em 1870, um empresário português dava início a um negócio inédito no Brasil: a manipulação de extratos vegetais de plantas, ervas e flores brasileiras para a fabricação de cosméticos e medicamentos.
Em 2020, as farmácias Granado completam 150 anos de criação e várias ações foram criadas para comemorar este momento emblemático, culminando com a maravilhosa exposição inaugurada com um lindo coquetel para convidados, nesta terça-feira (14/1), no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), contando os pontos altos dessa história. Em meados dos anos 1990, após três gerações na família Granado, a farmácia passou a ser presidida pelo inglês Christopher Freeman. Em 2004, a Phebo foi incorporada à empresa, bem como os produtos que fabricava. A empresa modernizou seu complexo industrial e chega hoje a 80 lojas, tendo ainda ampla distribuição de produtos na Europa. Sissi Freeman, diretora de marketing e filha de Christopher, é a grande responsável por toda modernização na comunicação da marca, pelo branding espetacular que virou um case de sucesso no país e na França, sem perder sua identidade.
A exposição ‘A história da botica mais tradicional do Brasil” oferece ao público a chance de conhecer o acervo inédito da marca, com mais de 300 itens. Na mostra se entrelaçam tanto o desenvolvimento da cidade do Rio, quanto o crescimento da farmácia e a sua comunicação com o público. O passeio começa pela origem da marca com seus rótulos, embalagens e impressos de diferentes épocas.
Em seguida, o visitante faz uma viagem no tempo através de produtos icônicos, registros de clientes ilustres que frequentavam a botica, condecorações nacionais e internacionais recebidas, ao final, tem a chance de conhecer a produção e desenvolvimento dos produtos e visitar duas salas interativas sobre o universo da perfumaria.
No pátio central do MHN totens do Polvilho Antisséptico foram customizados por artistas contemporaneos como Ana Strumpf e Bruno Bogosihan. A exposição segue até 3 de maio deste ano. Programa imperdível.
Fotos Bruno Ryfer e Miguel Sá